Preocupação com o meio ambiente tem espaço no FASC

11 de Novembro de 2019, 06:24

Além de contribuir para o fomento da atividade cultural do município, movimentando a cena artística sergipana, o Festival de Artes de São Cristóvão (FASC) também tem o papel primordial no que diz respeito ao legado que o evento deixa para a cidade. Para tanto, juntam-se a isso alguns grupos e pessoas que buscam colaborar com seus projetos, exemplo disso é o Coletivo Abrigo, que está confeccionando lixeiras a partir de materiais que seriam descartados, como madeiras, braços de luminárias, grades de geladeiras, dentre outros itens.

Ao todo serão produzidas pelo menos 30 lixeiras, sendo cinco grandes e 25 pequenas. A intenção é que todas elas sejam distribuídas até o FASC, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de jogar o lixo em locais adequados. Além das lixeiras, o coletivo também está produzindo cerca de 400 placas informativas (também feitas com madeiras reaproveitadas) que serão espalhadas pela cidade, com o intuito de promover a educação ambiental. Tanto as lixeiras quanto as placas passam pelo processo de decoração antes de irem às ruas, dando um toque especial ao trabalho que por si já encanta.

Há 12 anos trabalhando com materiais reciclados, o artista plástico Wagner Ferraz explica que qualquer material pode ser reaproveitado, nada é descartado. Das luminárias, por exemplo, foram retirados os braços que se transformaram nos pés das lixeiras menores. A ideia de produzir essas lixeiras em São Cristóvão partiu, segundo ele, a partir da necessidade encontrada no município, onde parte da população ainda realiza o descarte dos resíduos em locais inadequados. “Comecei a observar a necessidade que a cidade tinha de lixeiras espalhadas na cidade e que muito lixo ainda é jogado no chão.”, detalhou o artista.

Segundo Wagner, a expectativa é que a população abrace a causa e que o projeto permaneça para além do FASC. “Isso é algo que vai ficar para a cidade, para o dia a dia das pessoas, então é uma forma que encontramos de reeducar. E se pararmos para analisar, não houve gastos com os materiais, estamos reaproveitando, então isso já traz até outro significado para o objeto que está sendo construído”, avaliou.

 

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