Transferência de data dos festejos juninos em Sergipe ainda é especulação

23 de Junho de 2020, 06:40

Em virtude da transferência de data dos festejos juninos na Cidade de Capina Grande (PB), sugiram algumas especulações sobre o adiamento também em Sergipe. Porém, por enquanto, adiar as comemorações para o final do ano ainda não foi cogitado pelos órgãos públicos que realizam o evento.

Segundo o diretor regional da Associação Brasileira dos Promotores de Evento (ABRAPE) em Sergipe e empresário renomado no mercado cultural, Fabiano Oliveira, trata-se de uma possibilidade, pois ainda não existe previsão para o fim da pandemia do coronavírus (Covid-19). “Qualquer planejamento nesse sentido só será possível quando tudo isso passar, e com fé em Deus vai passar. Mas a decisão de uma nova data cabe a cada Prefeitura”, disse Fabiano.

Ainda de acordo com o empresário, o cancelamento do Forró Caju, Arraial do Povo e Forró Siri e de outros 32 municípios causou um impacto imensurável, pois milhares de pessoas trabalham em diferentes segmentos das festas. Ele disse ainda que é impossível estimar em números o tamanho do prejuízo econômico, pois os festejos juninos influenciam também no turismo.

De acordo com Fabiano, será preciso atuar em conjunto com o trade turístico para divulgar a cultura sergipana e contornar os problemas no turismo gerados em virtude da pandemia. “Será necessário unir forças entre o poder público e privado, criar estratégias e fazer uma ampla divulgação em todo país a fim de atrair um número maior de turistas para o Estado. Em todo Nordeste faremos uma divulgação dos eventos a fim de atrair público para os shows e turistas para o Estado”.

“Algumas capitais como Florianópolis e Rio de Janeiro já estão realizando o drive show, que é o sistema aonde a pessoa vai com o carro ao evento e assiste ao filme com DJ e música. Essa alternativa tem dado muito certo nesses lugares, e nós estamos aguardando e observando através da ABRAPE Nacional como está sendo o resultado”, conta Fabiano.

Ele também avalia que as lives têm sido uma das alternativas adotadas no setor musical para captação de patrocínios e recursos durante o período de isolamento social. “Todo mundo se unindo, um ajudando o outro. As lives estão fazendo esse trabalho de arrecadação e destinando para entidades solidárias”, disse.

Mesmo sem haver uma data prevista para retomada das atividades culturais e turísticas em Sergipe, Fabiano afirma que a classe empresarial está se reinventando durante o período de isolamento. “Trata-se de um momento de muita criatividade e muita união”.

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