O mês de aniversário da capital sergipana encerra com uma grande novidade. Acaba de estrear o Cajucidade, termo inédito, cunhado pelo artista Fabio Sampaio, para traduzir um tipo de comportamento tropical que contagia não só aracajuanos, mas todos, que se deixam levar pelo universo desse fruto brasileiríssimo.
Fábio oferece essa expressão como um agradecimento artístico a essa terra, que o acolheu na juventude. Ele veio com a sua família de Santos (SP) morar em Aracaju quando tinha 21 anos, achando que seria uma mudança de vida sem maiores impactos. No entanto, além de substituir o endereço, do sudeste para o nordeste, ele passou por um “autotransplante” como gosta de falar.
Ao longo de 30 anos de carreira, as suas ações artísticas, fincadas nessa cidade marcada com o caju no nome, imantaram energias articuladoras que acabaram por revelar a Fabio essa nova palavra. Em resumo, esse é o insight para a criação da Cajucidade. Uma essência simbólica, fruto de uma decisão artística de restabelecer sentidos, de transplantar linguagens, gerando transferências inusitadas entre o que se vê, o que se compreende e o que permanece.