Agosto verde-claro alerta para diagnóstico precoce do linfoma

20 de Agosto de 2021, 06:43

Criada pela a Organização Mundial da Saúde (OMS), a campanha Agosto Verde-Claro foi instituída com o objetivo de chamar a atenção da população mundial sobre os linfomas, que fazem parte dos cânceres das células do sistema imunológico. Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a incidência de casos novos permaneceu estável nas últimas cinco décadas, enquanto a mortalidade foi reduzida em mais de 60% desde o início dos anos 1970, devido aos avanços no tratamento.

De acordo com a hematologista cooperada Unimed Sergipe, Bruna Quaranta, o próprio paciente consegue ter uma suspeita da doença observando algumas características, entre elas, o crescimento dos linfonodos. “O linfoma vem da palavra linfonodo, que são aqueles glânglios, aquelas bolinhas no pescoço que crescem quando a gente tem uma infecção de garganta. Aquela bolinha que cresce e fica mais dolorida, esses são os linfonodos. Eles são nódulos de defesa da gente, fazem parte do nosso sistema de defesa, quando eles crescem está havendo ali algum combate à infecção. Mas existe o crescimento por doença neoplásica, e nesse caso quando a gente fala de linfoma é o crescimento desordenado não regressivo e que se configura uma doença chamada linfoma e que precisa de tratamento específicos”, explica a médica.

Os linfonodos fazem parte de uma cadeia linfática e são responsáveis pela limpeza do nosso sangue, funcionando como um filtro para substâncias nocivas. Quando o indivíduo é acometido por linfoma, geralmente pode observar o crescimento dos linfomas, mais comumente, na região do pescoço, da virilha e da axila.

“A maior parte dos linfomas não tem uma causa clara identificada. Principalmente num tipo de linfoma específico, tem a ver com a incidência da idade. A gente vai envelhecendo, nossas células vão se replicando, vão ficando mais velhas e nesse replicar, às vezes escapa uma célula com alguma mutação e ali vai se perpetuar uma doença”, ressalta a hematologista.

Além do fator idade, também existem outras possíveis causas para o aparecimento de linfoma. “Existem alguns fatores associados, como pacientes expostos a alguns produtos químicos, como o benzeno, solventes químicos, radiação, quem trabalha ou até quem fez tratamento de radioterapia pode dar uma incidência de neoplasia secundária. Existem estas substâncias relacionadas, mas na maior parte dos casos, a gente não tem uma identificação clara”, pontua Bruna. Além destes tipos de exposição, a médica explica que a doença pode ter associação, também, com vírus, como o HIV e o HTLV.

Ainda segundo hematologista cooperada, a recomendação geral é para todos buscarem sempre um estilo de vida mais saudável. “É até clichê e repetitivo nos consultórios, mas não tem como fugir disso. É autorresponsabilidade, autoconhecimento. É pensar naquilo que a gente põe para dentro, porque seu alimento vai ser seu remédio ou seu veneno. Uma vez por ano, fazer um check up e ver se está tudo bem com a sua saúde”, completa.

 

Fonte: Com informações da Unimed

Medium cedd92f67e849e34722125ae57af37e5