A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançaram a campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica”. A iniciativa tem por objetivo incentivar denúncias por meio de um símbolo: ao desenhar um “X” na mão e exibi-lo ao farmacêutico ou ao atendente da farmácia, a vítima poderá receber auxílio e acionar as autoridades.
A campanha conta com o apoio da Associação dos Procuradores do Município de Aracaju (APMAJU), instituição conhecida por sua atuação em defesa dos direitos da categoria, que trabalha em prol da sociedade aracajuana. Além da instituição, a causa também foi abraçada pelas procuradoras municipais de Aracaju, que se somaram à luta contra a violência doméstica, posando para as fotos com o símbolo, que se tornou um pedido silencioso de ajuda.
Segundo Arício Andrade, presidente da APMAJU, essa é uma campanha valorosa e que deve ser abraçada por toda a sociedade. “A APMAJU se soma à causa e incentiva o engajamento de todos os cidadãos, de modo que possamos ampliar cada vez mais a rede de proteção às vítimas de violência doméstica. É um dever de todos zelar pela proteção daqueles que, de alguma forma, estejam em situação de vulnerabilidade. Esse apoio faz toda a diferença", disse.
A ação conta com a participação de quase 10 mil farmácias em todo o país e é uma resposta conjunta de membros do Judiciário ao recente aumento nos registros de violência em meio à pandemia. Após a denúncia, os profissionais das farmácias seguem um protocolo para comunicar a polícia e o acolhimento à vítima. Balconistas e farmacêuticos não serão conduzidos à delegacia e nem, necessariamente, chamados a testemunhar.
Feminicídio
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o índice de feminicídio cresceu 22,2% nos meses de março e abril deste ano. Já as chamadas para o número 180 tiveram aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço do governo federal.