Chances de contrair a covid-19 em avião é muito baixa

19 de Outubro de 2020, 06:43

O risco de exposição ao coronavírus em aviões é muito baixo, revelou um estudo do Departamento da Defesa dos Estados Unidos divulgado nesta quinta-feira (15), um sinal positivo para o setor aéreo, que tenta se recuperar do efeito devastador da pandemia sobre as viagens.

Quando um passageiro sentado está usando máscara, uma média de 0,003% das partículas de ar dentro da zona de respiração ao redor da cabeça de uma pessoa são infecciosas, mesmo que todos os assentos estejam ocupados, segundo o estudo.

O teste supôs só uma pessoa infectada no avião e não simulou os efeitos da movimentação de passageiros pela cabine. Realizado a bordo de aeronaves Boeing 777 e 767 da United Airlines, o estudo mostrou que as máscaras ajudam a minimizar a exposição a infecções quando alguém tosse, mesmo em assentos vizinhos.

Cerca de 99,99% das partículas foram filtradas para fora da cabine dentro de seis minutos devido à circulação rápida do ar, à ventilação de ar em sentido para baixo e aos sistemas de filtragem da aeronave.

"Estes resultados significam que suas chances de exposição ao coranvírus em uma aeronave da United são quase inexistentes, mesmo que seu voo esteja cheio", afirmou o chefe de serviços ao consumidor da empresa aérea, Toby Enqvist.

Ainda segundo o estudo, para receber uma dose infecciosa, um passageiro teria que voar 54 horas em um avião com uma pessoa contaminada. A pesquisa foi realizada durante seis meses e envolveu 300 testes durante 38 horas de voo e 45 horas de testes em solo. Cada teste liberou 180 milhões de partículas -- o número de partículas que seriam produzidas por milhares de tosses.

 

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