Comida é a melhor coisa do mundo, mas também pode não ser. Sentir fome a toda hora, mesmo depois de uma refeição, não é normal. Se você estiver nesse grupo, já parou para pensar que pode estar confundindo outros sintomas e reações do seu corpo com fome? A chave para mudar esse comportamento está na relação que você constrói com a comida.
De acordo com o nutricionista, Decio Santos - @deciosantosnutri -, se a pessoa estiver com fome novamente logo depois de comer, terá que procurar um especialista para descobrir por que isso está ocorrendo. Às vezes, o instinto de comer tem pouco a ver com comida. Talvez você não esteja recebendo os nutrientes certos ou existam razões psicológicas e seu corpo tente lidar com o tédio e o estresse.
“Uma dica que sempre passo para os meus clientes é criar uma rotina diária para não ficar em casa com vontade de comer o tempo todo. Praticar exercícios, buscar fazer uma leitura agradável ou um curso. A gente dar uma orientação e faz o planejamento dietético também, mas isso é uma coisa muito individualizada, vai depender da rotina de casa pessoa”, explica o nutricionista.
Ainda segundo Decio, o ideal mesmo é que a pessoa procure ajuda de um nutricionista. “Esse profissional vai tentar descobrir através de uma conversa os motivos que estão levando a essa fome desenfreada, como se não está sendo necessário fazer alguma suplementação? Será que essa fome incessante não é ansiedade? E o que está desencadeando essa ansiedade? Se é algum estres? Talvez com apenas com uma consulta nutricional a gente possa mudar esse quadro ou mesmo com uma reeducação alimentar, porque existem hábitos que as vezes apenas com uma pequena orientação é possível reverter. Só nos casos mais graves que mesmo com orientação é necessário prescrever um fitoterápico mesmo ajudar nesse processo”, orienta.
Confira sete maneiras de ajudá-lo a parar de comer como se o mundo fosse se acabar.
1. Reduza o sal
Novas pesquisas mostraram que dietas ricas em sódio aumentam a fome a longo prazo. Com a alta ingestão de sal, o corpo retém líquidos, o que requer mais calorias para armazenar. Além disso, alimentos com muito sal tendem a ser processados. Os alimentos processados são quimicamente alterados para ficarem mais gostosos e, dessa forma, nos levam a excessos.
2. Durma mais
Dormir adequadamente é extremamente importante para a sua saúde. A orientação é que a pessoa precisa dormir de sete a nove horas por noite. Dormir menos do que isso resulta em um aumento de curto prazo do hormônio grelina, que aumenta o apetite. Muita gente que não dorme a noite tende a visitar a geladeira de madrugada.
3. Coma mais devagar
Os que comem rápido tendem a comer demais nas refeições, e isso está associado a taxas mais altas de obesidade. Cientistas concluíram que isso acontece devido à falta de mastigação e à conscientização reduzida que ocorre quando você come muito rápido. Ambos são realmente essenciais para perder a sensação de fome. Portanto, tente comer devagar, mastigando bem os alimentos.
4. Concentre-se na sua comida
Atualmente, é extremamente comum as pessoas comerem enquanto assistem TV ou navegam na internet. Isso pode parecer inofensivo, pois você acha que apenas economiza seu tempo. Infelizmente, a situação está associada a um maior apetite, aumento da ingestão calórica e aumento de peso. Isso está acontecendo porque você não presta atenção à quantidade de comida que come.
5. Consuma proteínas
As proteínas têm certas propriedades que levam diretamente a uma redução da sua fome. Elas imediatamente aumentam a produção de hormônios que sinalizam saciedade e diminuem a produção de outros hormônios que estimulam a fome. Adicione carnes, aves, peixes, ovos, entre outros alimentos.
6 - Use pratos menores
Típica estratégia dos restaurantes por quilo: pratos grandes para atrair mais comida neles. Com o uso de pratos menores é possível controlar melhor as quantidades, deixando de comer muito e colocando só o necessário com a permissão de repetir se precisar.
7 - Procure um profissional especializado
É essencial procurar auxílio de um médico, nutricionista ou psicólogo ao desconfiar de que há algo mais grave do que episódios esporádicos de alimentação em excesso que podem levar a transtornos alimentares.