A obesidade infantil é uma condição médica séria que afeta crianças e adolescentes em todo o mundo. De acordo com o IBGE, o índice no Brasil faz com que uma a cada três crianças esteja pesando mais que o recomendado. As faixas de Índice de Massa Corporal (IMC) determinadas para crianças são diferentes dos adultos e variam de acordo com gênero, idade e altura.
Os quilos extras podem ter consequências para as crianças até a sua vida adulta, mesmo que a obesidade seja revertida nesse período. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas consequências da obesidade infantil não tratada. A condição também pode acarretar em prejuízos para a saúde mental, baixando a autoestima e provocando bullying.
“Diversos fatores podem causar obesidade infantil. Entre as mais comuns estão fatores genéticos, má alimentação, sedentarismo ou uma combinação desses fatores. Além disso, a obesidade em crianças também pode ser decorrente de alguma condição médica, como doenças hormonais ou uso de medicamentos a base de corticoides”, disse o nutricionista, Decio Santos.
Apesar de ser uma condição com influência genética, nem todos os pais e mães com obesidade também terão filhos com o problema, assim como aqueles pais e mães com peso recomendado podem gerar filhos com peso acima do recomendado. Isso porque a obesidade infantil também tem ligação com os hábitos alimentares da criança e da família, bem como a realização de atividades físicas.
Dessa forma, a alimentação da criança e a quantidade de exercícios físicos que ela pratica são fatores determinantes para o aparecimento da obesidade infantil, ainda que exista histórico familiar do problema. Ficar atento a esses hábitos pode ajudar a prevenir a condição pela vida toda.
Algumas medidas podem ser bastante úteis:
. Limitar ou evitar o consumo de bebidas com alto teor de açúcar, como refrigerantes e bebidas industrializadas;
. Oferecer uma dieta rica em frutas e legumes;
. Sempre que possível, fazer as refeições em família;
. Limitar o hábito de comer fora, especialmente em restaurantes de fast food;
. Quando for inevitável, ensine as crianças a fazer escolhas mais saudáveis;
. Ajustar os tamanhos das porções de acordo com a idade e o nível de atividade física;
. Limitar o uso da TV e gadgets a menos de 2 horas por dia para crianças com mais de 2 anos;
. Observar se a criança tem as horas de sono necessárias por dia;
. Estimular a ingestão de água.