Durante a estação mais quente do ano os animais de estimação sofrem com a alta temperatura e os cuidados devem ser redobrados para evitar desidratação, lesões e queimaduras nas patinhas. Os obesos, animais de pelos longos e braquicéfalicos, ou seja, cães de focinho achatado são os mais afetados pelo calor. A principal estratégia para amenizar as consequências do calor excessivo é manter os animais sempre hidratados.
De acordo com o médico veterinário bolsista do Programa de Aprimoramento Profissional em Clínica Médica de Pequenos Animais no Hospital Veterinário do Centro Universitário Ages, Bruno Santos Andrade, é importante que seja oferecida água à vontade, disposta em vários bebedouros e, preferencialmente fresca e limpa. “O tutor ainda pode administrar cubos de gelo ou fornecer água de coco para que o pet aumente a ingestão de líquidos”, orienta.
O médico alerta ainda para os passeios durante o verão. “A recomendação é que este momento de interação entre o pet e o tutor seja feito em horários adequados, preferencialmente antes das 10h ou após às 17h, quando a incidência de raios solares é menor. Além disso, deve ser evitada a permanência em ambientes muito quentes e abafados”, pontua. “O local onde o cão ou gato passa a maior parte do tempo deve ser limpo, sombreado e arejado, facilitando as trocas de calor, que ocorre por meio da transpiração, diferentemente dos humanos que fazem esse processo pelas glândulas sudoríparas”, completou.
O banho também é um forte aliado no combate ao estresse térmico, uma vez que melhora a condição do pelo e da pele, mantendo-os saudáveis e hidratados. O ideal é que sejam feitos banhos semanais ou a cada 15 dias. A tosa também é indicada para amenizar os efeitos do verão, sobretudo em animais de pelos longos ou de pelagem escura que absorvem mais calor.
A exposição excessiva ao sol por tempo prolongado também pode causar doenças mais graves, a exemplo do câncer de pele. Com a alta temperatura nesta época, também se aumenta a preocupação com a infestação por endo e ectoparasitas, principalmente as pulgas e carrapatos, que tendem a se tornar mais recorrentes nesta época do ano.