As cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna venceram o Prêmio Nobel de Química de 2020 pelo desenvolvimento de um método de edição de genoma. O anúncio foi feito pela Real Academia Sueca de Ciências, que concede a premiação. As duas cientistas descobriram uma das principais ferramentas da tecnologia genética: a tesoura genética CRISPR/Cas9 e receberam o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,1 milhão.
Segundo a Real Academia Sueca de Ciências, essa tecnologia teve um impacto revolucionário na vida das ciências, está contribuindo com novas terapias para o câncer e pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias.
Charpentier, que é francesa, e Doudna, norte-americana, se tornaram a sexta e a sétima mulheres a vencerem um Nobel de Química, se juntando a nomes como Marie Curie, que venceu em 1911, e mais recentemente Frances Arnold, em 2019.
Os prêmios por conquistas nas áreas de ciências, literatura e paz foram criados e financiados pelo empresário sueco e inventor da dinamite Alfred Nobel e são entregues desde 1901, com o prêmio para a Economia vindo depois.
Como em outras áreas, a pandemia do novo coronavírus reformulou o Nobel deste ano, com eventos tradicionais, como um grande banquete, cancelados ou transformados em on-line, enquanto as pesquisas sobre a covid-19 - especialmente a busca por uma vacina - dominaram os holofotes científicos.