O endolaser se trata de uma fibra óptica especial na qual a energia gerada é destinada especificamente para as paredes dos vasos doentes. É um dos tratamentos indicados por ser menos agressivo do que a cirurgia tradicional e tem sido adotado no tratamento de varizes, sendo sempre indicado ao paciente que apresenta safena com refluxo ou se queixa de dor, peso e inchaço nas pernas. Também é aconselhado nos casos em que a veia safena é insuficiente e está conectada a varizes de grosso calibre. Quanto mais varizes existirem, mais óbvia é a insuficiência venosa.
Na prática, varizes de grande e médio calibre são os alvos principais. “Há vários benefícios nesse tipo de cirurgia, como menos dor no pós-operatório, ausência de cortes ou pontos e ainda retorno precoce ao trabalho e atividades diárias, como caminhar, praticar exercício físico, subir escadas, entre outros”, afirma o Cirurgião Vascular, Fellipe Menezes, completando que a procura por esse procedimento tem aumentado em Sergipe.
Existem poucas contraindicações, mas doenças clínicas graves na fase ativa, presença de doenças no tecido conjuntivo e lesões na pele são alguns dos motivos que podem impedir esse tipo de cirurgia. “Vale ressaltar que essas cirurgias são inovadoras e utilizam tecnologia de ponta como o laser e ultrassonografia no intraoperatório”, explica.
As cirurgias duram em média uma hora e meia. “Nesses procedimentos fazemos algumas punções nas veias (furinhos), em seguida, introduzimos essa fibra óptica especial que irá ser posicionada dentro dos vasos que queremos tratar, tudo isso guiado sob visão radiológica”, conta.
O procedimento pode ser feito com anestesias mais simples como sedação e bloqueios locais e até mesmo no conforto do consultório. “Além desse aspecto, gosto de ressaltar os aparatos tecnológicos, existem diversas opções no mercado, mas a fibra óptica radial de 1470nm é o meu preferido, pela segurança do método”, destaca.
Varizes se não tratadas podem proporcionar a presença de úlceras venosas que estão cicatrizadas. Sem tratamento, as úlceras continuam crescendo de modo circunferencial, podendo se tornar lesões gigantes, suscetíveis às infecções, progredindo para níveis mais graves da doença.
Cerca de 38% dos brasileiros possuem varizes. É o que afirma a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).