Assim como os humanos, os animais de estimação também sofrem com as altas temperaturas das estações mais quentes do ano, principalmente aqueles que são obesos, animais de pelos longos e os braquicéfalicos, ou seja, cães de focinho achatado. Sendo assim, é importante adotar uma série de cuidados especiais durante a primavera e o verão.
A principal estratégia para a amenizar as consequências do calor excessivo é manter os animais sempre hidratados. É importante oferecer água à vontade, de preferencialmente fresca e limpa. O tutor ainda pode administrar cubos de gelo ou fornecer água de coco para que o pet aumente a ingestão de líquidos. “Além dos cubos de gelo, outra ideia é fazer picolé de frutas, onde o tutor pode colocar em um copo com água pedaços de frutas e levar ao freezer para congelar, estimulando o consumo de líquidos e também conseguimos enriquecer de vitaminas e minerais enquanto ele está ingerindo algo para se refrescar”, ensinou o médico veterinário e docente da Ages, Pedro Mascarenhas.
Outro aspecto muito importante nos períodos de calor é a hora do passeio dos animais. A recomendação é que esse momento de interação entre o pet e o tutor seja feito em horários adequados, preferencialmente antes das 10h ou após às 17h, quando a incidência de raios solares é menor. “Umas das principais preocupações é a temperatura elevada do chão que pode causar desde leves lesões, até graves queimaduras nas patinhas. Partindo desse pressuposto, antes do passeio sempre confira a temperatura da calçada, areia ou asfalto, e se possível dê preferência a áreas sombreadas e com grama. Também não esqueça de hidratar bem o seu pet e de dar o descanso necessário durante o percurso”, alertou o médico veterinário.
Tão importante quanto as dicas mencionadas anteriormente, também deve ser evitada a permanência em ambientes muito quentes e abafados. “O local onde o cão ou gato passa a maior parte do tempo deve ser limpo, sombreado e arejado, facilitando as trocas de calor, que ocorre por meio da transpiração, diferentemente dos humanos que fazem esse processo pelas glândulas sudoríparas, pois os animais trocam calor com o ambiente através da respiração e das patas em contato com o solo, eles não suam como os humanos, o que dificulta um pouco o esfriamento do corpo”, completou o professor da Ages.
Além disso, o banho é um importante aliado no combate ao estresse térmico em cães, além de melhorar a condição do pelo e da pele, mantendo-os saudáveis e hidratados. “O ideal é que sejam feitos banhos semanais ou a cada 15 dias”, ensinou Mascarenhas.
A exposição excessiva ao sol por tempo prolongado também pode causar doenças mais graves nos pets, a exemplo do câncer de pele. Com as altas temperaturas nesta época, também se aumenta a preocupação com a infestação por endo e ectoparasitas, principalmente as pulgas e carrapatos, que tendem a se tornar mais recorrentes.