Depois de cinco meses do fechamento para o turismo por conta da pandemia do coronavírus, a ilha de Fernando de Noronha retomou a visitação ao arquipélago, na última terça-feira, 1º de setembro. Porém, apenas pessoas que provarem já ter sido infectadas pelo novo coronavírus, e que estejam recuperadas, poderão ingressar no distrito pernambucano.
A medida se insere na oitava etapa do Plano de Convivência com a doença, que também permitiu desde o dia 31 de agosto a retomada do comércio de praia e a reabertura dos museus e espaços de exposições de cidades da chamada Macrorregião de Saúde 1, que contempla a Região Metropolitana do Recife e a Zona da Mata.
Para visitar uma das 21 ilhas que formam o arquipélago de Fernando de Noronha, o turista terá que apresentar às autoridades locais exames que indiquem a presença de anticorpos contra a covid-19. Anticorpos, ou imunoglobinas, são proteínas que o sistema imunológico humano produz quando o organismo é alvo da ação dos chamados antígenos - substâncias estranhas ao organismo, tais como vírus e bactérias, às quais os anticorpos tentam neutralizar e eliminar.
Para comprovar a presença de anticorpos, serão aceitos tanto os resultados do teste molecular (RT-PCR), desde que realizado há mais de 20 dias, quanto os dos exames sorológico (IgG), feito menos de 90 dias antes da data do embarque. Os exames deverão ser apresentados durante o processo de pagamento da Taxa de Preservação Ambiental (TPA), que agora só pode ser feito pela internet, até 72 horas antes do viajante embarcar com destino ao arquipélago. Anexado ao recibo de pagamento da taxa, o interessado deverá enviar o resultado do exame confirmando que já teve a covid-19.
A solução encontrada para permitir a retomada da atividade, no entanto, divide opiniões, já que cientistas ainda tentam compreender por quanto tempo o organismo de uma pessoa infectada pelo novo coronavírus consegue produzir anticorpos contra a doença.