Considerado um dos filmes de maior relevância atualmente por grande parte dos grupos LGBTs do país, ‘Amor Fluido’ traz uma visão bastante profunda sobre desejos oprimidos, preconceitos e relações líquidas. Sua estreia está prevista para o dia 11 de dezembro desse ano.

Escrito e dirigido pelo jovem diretor, André Zaady, de 31 anos, o longa é uma experiência marcante da versão do oprimido, que desencadeia uma série de outros acontecimentos traumáticos para aqueles que estão à sua volta. Os três personagens principais do filme são completamente diferentes, mas vivem igualmente o sonho da relação perfeita, cada um a seu modo. E é justamente isso que faz desse projeto cinematográfico uma referência crítica quando o assunto é relações contemporâneas.

Numa entrevista ao nosso blog, o diretor disse que não imaginou escrever o filme para um grupo em especial, mas que, por obra do acaso, acabou contribuindo para uma discussão ampla sobre o tema.

“A priori não pensei em fazer um filme para uma classe específica, escrevi pensando apenas em contar uma história. Enxergando o filme hoje, tenho a clara noção do quanto ele é relevante no sentido de dar luz, voz e construir um debate justo e democrático sobre diversos temas ainda não discutidos, afinal, essa se torna uma versão de uma comunidade que por muitos anos foi oprimida”, disse o diretor.

Quanto às críticas recebidas a respeito do projeto, Zaady falou que os direitos devem ser bem distribuídos e que a tolerância a respeito do preconceito deve acabar. “Temos que parar de ser toleráveis demais com essa classe que se diz dominante no país. Aprendi que quem quer respeito se dá ao respeito, quem tem vergonha não faz vergonha, e quem busca realizar sonhos e ser quem quer ser deve respeitar o outro que também deseja ter os mesmos direitos democraticamente”, finalizou.