O Ministério da Saúde incluiu as grávidas e puérperas (mulheres no período pós-parto) no grupo prioritário para receber a vacina contra a covid-19. O anúncio foi feito nesta terça-feira (27) pela coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério, Franciele Francinato. A vacinação deve começar a partir do dia 13 de maio.
Segundo a coordenadora, a medida foi tomada em razão da situação preocupante da pandemia no Brasil e visto que grávidas e puérperas têm risco maior de hospitalização por covid-19. “Uma nota técnica foi encaminhada na segunda (26) aos secretários estaduais de Saúde, com as novas orientações”, disse Franciele Francinato.
“Nossa indicação é que, nesse momento, vamos alterar um pouco a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que indica a vacinação, de acordo com o custo x benefício. Mas, hoje, o risco de não vacinar gestantes no país já justifica a inclusão desse grupo para se tornar um grupo de vacinação nesse momento”, afirmou.
Ainda segundo a coordeandora, apesar da mudança, em um primeiro momento, devem ser vacinadas as grávidas com doenças pré-existentes. Serão usados as vacinas Coronavac, AstraZeneca e da Pfizer. Esta última, o primeiro lote de entregas do imunizante deve chegar nessa quinta-feira (29) e 1,3 milhão de doses serão distribuídos para utilização nas capitais. Para manter a estabilidade do material, a vacina precisa ficar armazenada em temperaturas de -90° a -60°, por até seis meses.
No caso das capitais, as doses serão encaminhadas aos centros que podem manter o imunizante em temperaturas de -20° pelo período de sete dias. “Para a aplicação, a vacina pode ficar em temperatura de geladeira, de até 8°, por até cinco dias”, afirmou.
Em 15 de março, o governo já tinha incluído as gestantes com comorbidades.