Hortas caseiras virou tendência e necessidade no último ano

02 de Fevereiro de 2021, 07:32

O consumo de alimento de cultivo próprio só tende a aumentar nos próximos anos. A pandemia fortaleceu essa tendência, quando as pessoas por estarem em isolamento social, e com mais tempo livre, começaram a criar as suas próprias hortas em casas, inclusive em apartamentos.

Para a psicóloga Daniela Sangalo, essa prática vai muito além da qualidade de vida. “Trata-se também de uma boa terapia ocupacional e mental”, afirma. “Durantes os meses mais restritivos de isolamento social, com tantas incertezas do futuro, e também o medo de ser contaminado e a disponibilidade de tempo, as pessoas buscaram ocupações dentro de casa e se sentiram relaxadas, até por ser uma atividade sem nenhuma obrigação”, acrescenta.    

Ainda que o brasileiro plante seis vezes menos em casa do que o italiano, ou doze vezes menos que os russos, essa cultura está crescendo em diferentes camadas sociais, em diferentes ambientes e em cidades do interior e da capital.

Segundo Andrei Santos, diretor de planejamento da ISLA Sementes, líder nesse segmento, a preocupação com o que vai ao prato é o motor da mudança. “Não existe uma qualidade de vida sem a presença de frutas e hortaliças nas refeições e alimentação. Então, a horta vem naturalmente nesse processo”, afirma.

Além disso, há uma consciência sobre o futuro do planeta e como as plantações podem ser maléficas para o solo, para o clima e para a economia de água. “A gente entendeu que a forma que nos relacionamos com os alimentos não é saudável pra gente, nem pro planeta”, conta Rodrigo Farina, CEO e cofundador da Brota Company, startup de horas inteligentes. “Refletimos os motivos do sistema funcionar de maneira tão maléfica. Há muitos químicos, coisas que nos fazem mal”, conclui.

Para quem vai plantar em casa, principalmente em apartamento, o ideal é usar uma terra altamente nutritiva com sementes de desenvolvimento mais rápido.

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