Prestes a comemorar 95 anos, o Hospital de Cirurgia registra mais um ato de pioneirismo na medicina sergipana. No último sábado (1º), a unidade hospitalar realizou um procedimento inédito no Estado de Sergipe para que um paciente Covid-19 recebesse o tratamento com Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO).
Executado pela equipe de cirurgia cardíaca do Cirurgia, sob o comando do Dr. Roberto Cardoso e Dr. Wilson Felix, o procedimento para início da terapia por ECMO contou também com a expertise do cirurgião cardíaco baiano Dr. Marco Guedes e do perfusionista Dr. Rayone Akaore Cardoso, ambos com elevada experiência em ECMO. Toda a intervenção foi supervisionada e auxiliada pelo Médico Intensivista e Coordenador das Unidades de Terapias Intensivas (UTI’s) do Cirurgia, Dr. Luiz Flávio Prado.
A ECMO é indicada quando há um comprometimento pulmonar importante, causado por uma doença aguda, funcionando como um coração artificial e um pulmão artificial para o paciente, através de um circuito de tubos, bomba, oxigenador e aquecedor que fica instalado fora do corpo. Não é um tratamento recomendado a todos os pacientes. Além do mais, exige uma avaliação rigorosa, equipamentos específicos e profissionais capacitados para o procedimento.
Segundo o médico Wilson Felix, o início da terapia ocorreu de forma positiva. A partir de agora, a equipe do Cirurgia acompanhará todo o processo de evolução do paciente. "Trata-se de um tratamento caro e inédito em Sergipe. Por isso, somos gratos à Direção do Hospital de Cirurgia, ao Diretor Técnico Dr. Rilton Morais, e em especial à interventora Márcia Guimarães, pela coragem de inovar e trazer esse tipo de procedimento para o Estado. A ECMO é mais uma ferramenta para salvarmos vidas acometidas pela Covid-19”, destaca.