Hospital de Cirurgia reinaugura Serviço de Radioterapia

27 de Janeiro de 2022, 06:41

Marco na Oncologia em Sergipe, o Hospital de Cirurgia realizará, nesta sexta-feira (28), a partir das 10h, solenidade de reinauguração do Serviço de Radioterapia – integrante da primeira etapa do novo prédio da Unacon do Cirurgia, aguardada com grande expectativa pela sociedade. Na mesma ocasião, ocorrerá também a reinauguração da Recepção Histórica e a inauguração do Serviço de Ressonância Magnética. 

 

Trata-se de mais três grandes ações executadas dentro do plano de reestruturação do Hospital de Cirurgia, iniciado com a Intervenção Judicial em novembro de 2018. Desde então, a unidade hospitalar vem passando por amplas modernizações físicas e administrativas, todas com a finalidade de prestar uma assistência integral, de qualidade e humanizada aos pacientes.

 abilitado pelo Ministério da Saúde como uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), o Cirurgia voltou a oferecer tratamentos por Radioterapia em 13 de setembro de 2021, ampliando a oferta do tratamento aos pacientes que lutam contra o câncer em Sergipe, sobretudo aos assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde a reativação, foram realizadas 2.540 sessões em 140 pacientes, sendo que 87 já concluíram o tratamento.

 

ACELERADOR E RESSONÂNCIA

 

A Ressonância Magnética – a primeira do Cirurgia em quase 96 anos de história – é capaz de realizar entre 20 e 30 exames por dia, sendo que já foram realizados mais de 350 exames desde o início do seu funcionamento em maio de 2021. O aparelho oferece uma grande variedade de exames diagnósticos por imagem nas mais diversas áreas, ajudando na detecção de tumores, lesões, entre outros diagnósticos.

 

“Para o nosso HC está sendo um momento de muita felicidade. Quando assumimos a gestão, o Serviço de Oncologia era um dos mais desestruturados do estado e o pagamento do acelerador linear se encontrava parcialmente pendente e já não havia mais recursos para quitá-lo. Outro problema identificado foi em relação à ressonância magnética, que, em face do acondicionamento inadequado, teve o diagnóstico técnico de inutilidade declarado pela fabricante. Tais eventos culminaram com inúmeras negociações e audiências com o Ministério da Saúde, Ministério Público Federal e as Fabricantes Elekta e Philips, com o intuito de que se pudesse quitar o acelerador linear e resgatar a ressonância magnética, a fim de que fossem instalados para cumprir o papel para o qual foram adquiridos”, relata a interventora judicial do Cirurgia, a enfermeira Márcia Guimarães. “Houve também um trabalho árduo e o comprometimento dos nossos colaboradores para que os tratamentos quimioterápicos aumentassem substancialmente, assim como aumentamos as cirurgias oncológicas, e, agora, voltamos a ter Radioterapia em nossas dependências. Todas essas ações permitiram que a Unacon do HC se tornasse a maior, mais completa e moderna de Sergipe”, conclui.

 

RECEPÇÃO HISTÓRICA

 

Outro grande marco do Cirurgia será a reinauguração da Recepção Histórica, depois de quase duas décadas fechada. Com entrada pela Avenida Desembargador Maynard, o espaço foi totalmente restaurado e, a partir de agora, será a porta de entrada principal de pacientes, acompanhantes e visitantes em uma área moderna e acrescida de estrutura de acessibilidade.

 

Ainda na Recepção Histórica, a sala de Dr. Augusto Leite – fundador do Cirurgia – também foi recuperada após mais de 30 anos fechada, graças a recursos doados pela Família Leite Franco e por membros do Conselho do hospital. A sala será destinada para as reuniões do Conselho Deliberativo da Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia (FBHC).

 

“Com a reinauguração da recepção, estamos testemunhando a concretização de um sonho e, ao mesmo tempo, resgatando uma parte importante da história centenária do Cirurgia, um hospital que tanto contribuiu e continua contribuindo na assistência médica à população sergipana. Ao longo dos anos, quase todos os espaços originais do hospital foram desfeitos, então, a restauração da recepção histórica, é um passo simbólico, porém de grande importância na preservação da memória da Instituição”, destaca o diretor técnico do Cirurgia, Dr. Rilton Morais.

 

 

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