O Japão prorrogou um estado de emergência em Tóquio e outras áreas em cerca de três semanas, uma vez que a pandemia de covid-19 não dá sinais de perder força a menos de dois meses do início da Olimpíada no país. O estado de emergência na capital e em outros oito municípios está programado para terminar em 31 de maio, mas as pressões sobre o sistema médico continuam intensas.
Apesar de a quantidade de infecções novas desacelerar, o Japão registrou um número recorde de pacientes de covid-19 em estado crítico nos últimos dias. Em função disso, os especialistas aprovaram a proposta do governo, e o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou oficialmente as prorrogações.
Preocupações com variantes do novo coronavírus e uma campanha de vacinação lenta provocam clamores urgentes de médicos, alguns executivos proeminentes e centenas de milhares de cidadãos pelo cancelamento dos Jogos Olímpicos, programados para começar no dia 23 de julho.
Autoridades japonesas, organizadores da Olimpíada, e o Comitê Olímpico Internacional (COI) dizem que os Jogos acontecerão sob medidas rígidas de prevenção do vírus.
John Coates, autoridade graduada do COI que supervisiona os preparativos dos Jogos de Tóquio, disse na semana passada que a Olimpiáda ocorrerá mesmo que a cidade-sede esteja sob estado de emergência.
O presidente do COI, Thomas Bach, disse que 80% dos 10.500 atletas esperados no Japão serão vacinados. Além disso, ele pediu aos atletas olímpicos que se imunizem se puderem. Todos também precisam ser testados antes e depois da chegada.
Contrastando com ações mãos rigorosas de muitos países, as medidas emergenciais mais recentes do Japão se concentram essencialmente em pedir que locais de alimentação que servem álcool fechem e que os que não servem abaixem as portas até as 20h.