Mesmo obrigado, cardápio em braile ainda é pouco comum em Aracaju

13 de Outubro de 2020, 06:40

As dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência visual na hora de seguir na busca por a tão sonhada acessibilidade nos bares e restaurantes ainda é uma grande barreira em Sergipe. Mesmo com a lei que existe desde 2015, muitos estabelecimentos não adotaram o uso do cardápio em braile.

A Lei Municipal Nº 4.634 determina que bares, restaurantes e lanchonetes na Capital tenham disponíveis pelo menos dois cardápios completos em sistema de leitura braile ou audiodescritos. A autoria é do vereador Lucas Aribé, Cidadania, que pretendia assegurar às pessoas cegas mais acessibilidade. Contudo, não é o que se encontra no dia a dia.

“Infelizmente, ainda falta consciência do quanto isso é importante. A Lei é algo que deveria se somar a uma mudança de pensamento e atitude de muitos donos de estabelecimentos que não tornam seu bar ou restaurante acessível para todos. É lamentável, pois estamos falando da dignidade e da liberdade de pessoas que encontram barreiras até mesmo na hora de pedir um almoço ou um lanche, por exemplo”, criticou Lucas.

A Lei determinou, inclusive, sanções para quem desrespeitasse essa determinação como multas e até mesmo a suspensão do alvará de funcionamento. A fiscalização deveria ser feita pelo Procon Municipal, mas pouco se vê em ações efetivas para fazer valer a regra. “O órgão é essencial para que essa Lei seja cumprida. Mas não ouvimos falar em nenhuma fiscalização neste sentido”, afirmou o vereador.

 

 

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