Musicoterapia ajuda no tratamento de doenças psíquicas

20 de Agosto de 2020, 06:43

Que ouvir música faz bem, isso todo mundo sabe. Mas você sabia que além de relaxar e levantar o astral, a música pode agir em nosso organismo curando doenças? Porém não se trata somente de ‘cantar ou ouvir música’, a musicoterapia utiliza a música e seus elementos, no tratamento de várias doenças, de natureza física, emocional ou mental.

Capaz de alterar a respiração, a pressão sanguínea e até mesmo os batimentos cardíacos, a música também atua diretamente no sistema límbico do cérebro. Essa região é responsável pelas emoções, afetividade e motivação, por isso é capaz de contribuir com o aumento da produção de endorfina e principalmente para a socialização, já que um dos maiores desafios a serem vencidos por estes pacientes é o isolamento social. Um dos motivos pelos quais ela é indicada no tratamento das doenças psíquicas, é que contribui muito no combate ao estresse, ansiedade e depressão.

De acordo com o musicoterapeuta Nino Karvan, a musicoterapia não está somente ligada à música, como muitos associam. “A terapia através da música tem como base um importante conjunto teórico, amparado pela psicologia e filosofia. Além disso, as sessões de musicoterapia ajudam a combater inúmeras doenças, a exemplo da ansiedade e depressão”, destaca Karvan.

Ainda segundo Nino Karvan, a primeira consulta é uma espécie de entrevista com o paciente. “Aplicarmos um questionário com 50 perguntas a fim de traçar todo o panorama da pessoa. Somente depois que se tem um perfil traçado do paciente é que as sessões começam de fato”, explica. “O questionário é importante para compreender não só a intimidade musical da pessoa, mas também qual doença ou transtorno deverá ser tratado”, acrescenta.

No tratamento, as sessões, geralmente, acontecem uma vez semana e as músicas são escolhidas tendo como base a consulta inicial. “Como já temos o perfil sonoro do paciente, sabemos qual é a sua identificação musical. A partir daí trabalhamos com as canções que mais o sensibilizam, podendo ser sertanejo ou música clássica, por exemplo”, pontua.

 

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