O Dia Mundial da Obesidade é comemorado nesta quinta-feira, 4 de março. A obesidade é o estoque excessivo de gordura no corpo que se associa a riscos à saúde e vem aumentando muito entre as crianças e adolescentes, principalmente devido ao sedentarismo e erros alimentares. As taxas de sobrepeso e obesidade nesta faixa etária aumentaram em todo o mundo, de menos de 1% em 1975, para quase 6% em meninas e quase 8% em meninos em 2016. Em números absolutos, cresceu mais de dez vezes: de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões. Os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no país. As notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso, 9,38% com obesidade, e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso, 9,53% são obesos e 3,98% têm obesidade grave.
Para a nutricionista e fitoterapeuta, Adriana Stavro, o crescente número da obesidade na infância e adolescência está associado ao surgimento de comorbidades, anteriormente consideradas doenças "adultas". Estas condições incluem, apneia do sono, diabetes mellitus tipo 2, asma, esteatose hepática (doença hepática gordurosa não alcóolica), doença cardiovascular, hipercolesterolemia, colelitíase (cálculos biliares), resistência à insulina, problemas de pele, hipertensão, anormalidades menstruais, equilíbrio prejudicado e problemas ortopédicos.
Embora a maioria das condições físicas e de saúde associadas à obesidade sejam evitáveis, e possam desaparecer quando uma criança ou adolescente alcança um peso saudável, algumas continuam tendo consequências negativas ao longo da vida adulta.
É importante entender que o sobre peso e a obesidade pode atingir profundamente a saúde física, o bem estar social, emocional e a autoestima dos adolescentes.
Principais riscos: problemas ortopédicos, apneia do sono, asma, disfunção do fígado — devido ao acúmulo de gordura, dermatites e assaduras, depressão, baixa autoestima, trombose e ansiedade crônica.