Com números que superam a média de óbitos diários por câncer no país, a covid-19 ultrapassou recentemente mais de 200 mil mortes, segundo dados do Ministério da Saúde. “Nunca em tão pouco tempo uma doença ceifou tantas vidas. Em contrapartida, a ciência desenvolveu em tempo recorde vacinas que renovaram a esperança no combate à doença”, declara o oncologista clínico, Michel Fabiano Silva Alves. 

Para o médico, as vacinas aprovadas trazem total confiabilidade, o que garante segurança quanto a sua eficácia também para os pacientes oncológicos. “É sabido que a população em tratamento oncológico, em especial de quimioterapia, tem um risco muito maior de desenvolver a forma grave da doença, chegando a ter taxa de mortalidade cinco vezes maior que a população de forma geral. Por isso, essa população deve ser vacinada e deve ser priorizada. Não temos dúvidas. Entretanto, é de extrema importância que cada paciente converse com o seu médico sobre qual o melhor momento para tomar as doses”, orienta o oncologista clínico. 

Segundo Michel Fabiano Silva Alves, tanto a vacina CoronaVac (desenvolvida pela companhia biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan no Brasil), assim como a Vacina de Oxford (criada e formulada em parceria com a farmacêutica AstraZeneca) são recomendadas pelas sociedades de oncologia de todo o mundo, apresentando uma eficácia de aproximadamente 100% na redução de internação e nas formas graves de manifestação da doença.  

Assim como afirmado por diversos médicos, para o oncologista somente a vacinação em massa aliada aos requisitos de prevenção, a exemplo do distanciamento social e do uso de máscara e álcool, podem combater a pandemia.