A perda do olfato que pode acompanhar o coronavírus é única e diferente daquela experimentada por alguém com um forte resfriado ou gripe, dizem pesquisadores europeus que estudaram as experiências de pacientes. Quando os pacientes com covid-19 apresentam perda de olfato, ela tende a ser repentina e severa.
Outra coisa que os diferencia é sua contundente perda do paladar. Geralmente não envolve nariz entupido, congestionado ou escorrendo - a maioria das pessoas com coronavírus ainda consegue respirar livremente.
Segundo pesquisadores em artigo publicado na revista científica Rhinology, pacientes com coronavírus que perderam o paladar realmente não conseguem distinguir entre amargo ou doce. Os especialistas suspeitam que isso ocorre porque o vírus afeta as células nervosas diretamente envolvidas com a sensação de cheiro e paladar.
Treinamento Olfatório:
Ficar sem sentir gosto, sem sentir o cheiro das coisas ou perceber odores estranhos, realmente é bem ruim. A boa noticia é que tem uma terapia simples para fazer em casa para estimular e acelerar a volta das funções normais do olfato e paladar, ela é conhecida como “treinamento olfatório”. Antes de conferir o passo a passo, Dr. Alexandre Colombini ressalta que a reabilitação precisa ser realizada duas vezes ao dia, por pelo menos três meses.
Primeiramente, separe alguns fracos de vidro para introduzir os alimentos abaixo citados. Em cada recipiente separado, coloque os produtos: pó de café, mel, cravo, vinagre de vinho tinto, essência de baunilha, suco concentrado de tangerino e pasta de dente. O ideal é que a pessoa tenha seu próprio kit, caso tenham mais pacientes na mesma família/casa.
Duas vezes ao dia, por pelo menos três meses, inale cada porção por 10 segundo com intervalo de 15 segundos.
“Na maioria dos casos, a ausência de olfato nos pacientes tem durado, em geral, de quatro a seis semanas, infelizmente. Por isso, é importante trabalhar e estimular a capacidade olfatória e mental. É válido lembrar que este treinamento não substitui a consulta médica, pois apesar de menos comum, gripes, resfriados, doenças como rinites e sinusites crônicas e até neurológicas também podem afetar o nervo olfatório”, disse Dr. Alexandre Colombini.