Uma pesquisa publicada na revista científica New England Journal of Medicine, no último dia 31 de janeiro, atestou que a nova vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan possui eficácia geral de 79,6%. A proteção foi observada em todas as faixas etárias, sendo 90% em adultos de 18 a 59 anos, 77,8% dos 7 aos 17 anos, e 80,1% nas crianças de 2 a 6 anos.
A conclusão do estudo mostra que a eficácia da vacina brasileira é semelhante à do imunizante Qdenga, desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda Pharma, que será distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de fevereiro.
A eficácia geral do Qdenga é de 80,2%, com período de proteção de 12 meses após o recebimento das duas doses. Já a vacina do Butantan exige apenas uma dose, e está prometida para entrar no Sistema Único de Saúde em 2025.
Histórico da vacina
Apesar de os resultados em testes terem sido obtidos recentemente, a busca pela vacina no Butantan vem de 15 anos atrás. O instituto conseguiu o licenciamento da tecnologia junto ao Instituo Nacional de Saúde Americano (NIH) em 2009. Na época, o Butantan obteve as patentes e o material biológico das quatro cepas da doença que compõem o imunizante.
No caso da vacina da dengue, é importante que o imunizante seja eficaz contra os quatro sorotipos, uma vez que o paciente pode se reinfectar com uma cepa diferente, e, nesse caso, a manifestação da doença tende a ser mais severa.
Os dados divulgados no dia 31 são referentes à fase 3 dos ensaios clínicos. Se aprovada pela Anvisa, a vacina poderá ser disponibilizada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) do SUS.
Fontes: CNN Brasil e Agência Brasil