O Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF/SE) registrou a mesma média de farmácias e drograrias abertas nos anos de 2019 e 2020 no Estado. Mesmo com a crise da pandemia, o saldo de empresas abertas é surpreendentemente positivo, superando as que saíram do mercado.
No ano de 2019 foram abertas 101 farmácias ou drograrias. Em 2020 não foi diferente, mais 100 unidades desse seguimento iniciaram os trabalhos. Enquanto que 79 delas foram fechadas em 2019 e 31 finalizaram seus serviços em 2020. “A permanência nos números de novas empresas do segmento farmacêutico mesmos num ano de pandemia e crise econômica, mostra que o setor se manteve firme e dando resultado”, diz o presidente do CRF/SE, o farmacêutico Marcos Rios.
Diferente de outros setores, a exemplo do ramo da alimentação fora do lar ou salões de beleza, as farmácias tiveram um incremento de 15% nas demandas no Brasil, de acordo com pesquisa feita pelo Boston Consulting Group. “O saldo positivo das farmácias que se mantiveram abertas em comparação nos anos de 2021 e 2020 é positiva para o profissional farmacêutico com mais novos postos de trabalho e para o consumidor, que tem maior concorrência”, comemora Marcos Rios, lembrando da obrigatoriedade da presença do farmacêutico durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento, conforme a Lei 13.021/14.
O presidente lembra que mesmo a pandemia ter ampliado a venda de medicamentos, a farmácia foi um dos poucos estabelecimentos que precisaram ficar abertos nos períodos de isolamentos sociais. “Os farmacêuticos e balconistas continuaram atendendo ao público, e precisaram redobrar os cuidados para evitar a contaminação dos funcionários e clientes. Depois, outros serviços como testes para a Covid também foram implementados e a preocupação e investimentos também aumentam”, diz.
Dicas do Sebrae para as empresas do setor farmacêutico:
1 - Garanta o abastecimento dos produtos. As farmácias devem garantir o suprimento de medicamentos e materiais de proteção individual necessários e devem colaborar para a educação em saúde e gerenciamento colaborativo com hospitais e unidades de saúde, em momentos de crise, em saúde pública.
2 - Cuidado para não demitir empregados e perder pessoas já preparadas, além de elevar os custos do negócio com demissões.
3 - Desenvolva canais alternativos de venda.
4 - Se a sua empresa ainda não atua com delivery, esse é o momento de repensar estratégias.
5 - Negocie com aplicativos de delivery para que não sejam feitas cobranças de taxa nesse período de crise.
6 - Invista em estratégias de marketing nas redes sociais.