Para conter o avanço da Covid-19, o governo de Sergipe anunciou nesta quinta-feira (4) novas medidas restritivas. Neste momento, a decretação do toque de recolher está descartada, com exceção do município de Canindé do São Francisco, no alto sertão de Sergipe, que estabeleceu a medida desde quarta-feira (3).
Conforme definido, está proibida a venda de bebidas alcoólicas e o funcionamento de serviços não essenciais nos horários de 22h às 5h em Sergipe. Durante os finais de semana está proibido o funcionamento de serviços não essenciais. O governo também definiu o fechamento de bares, restaurantes e shopping centers pelos próximos dois finais de semana, incluindo aqueles localizados em praias do litoral sergipano, e reduziu a capacidade de pessoas em ambientes fechados para 50%, a exemplo de templos religiosos.
Outra restrição vale para os eventos que estão proibidos de acontecer nos próximos dias. As medidas já devem ser adotadas a partir desta sexta-feira (5), com a publicado do novo Decreto Governamental. “Estamos com crescimento exagerado de ocupação de leitos nos hospitais privados. Infelizmente os casos aumentaram, ontem fomos a 425 internações. A rede privada está entrando em colapso e na rede pública a ocupação e de 60%. Não fazer nada seria uma irresponsabilidade", diz o governador Belivaldo Chagas.
Na reunião do Comitê Técnico Científico foram analisados os dados referentes aos últimos oito dias, bem como feita uma avaliação sobre os reflexos do período de carnaval na disseminação do vírus pelo Estado, uma vez que, embora o ponto facultativo e eventos tenham sido cancelados, festas clandestinas foram registradas.
Ainda segundo apurado pela gestão, houve um crescimento de 46% no número de casos confirmados de covid-19 no período citado. Com isso, o governo acredita que a retomada das aulas presenciais para a esfera pública marcada para o dia 22 de março, poderá ser adiada. "É preciso que tenha preocupação com as empresas de transporte pra evitar pessoas aglomeradas nos ônibus. O ideal é que não tenha ninguém em pé no ônibus", alerta o governado