Na prevenção contra o coronavírus, o álcool em gel virou grande aliado para a higienização das mãos e incorporou-se à rotina de grande parte das pessoas. Depois de passar o produto nas mãos é preciso ter cuidado ao acender o fogão da cozinha ou até um cigarro.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), João Baptista Gomes dos Santos, a mão representa 3% da superfície corporal total, mas seu envolvimento em traumas graves, como queimaduras, pode levar a sequelas funcionais graves. "A mão é mais suscetível ao traumatismo por queimadura, porque geralmente está mais próxima do agente causador ou porque é utilizada pelas vítimas na tentativa de se proteger no momento do acidente", relata.
Estudos epidemiológicos já mostraram que a maioria das queimaduras grandes (mais de 25% da superfície corporal queimada) tem uma ou ambas as mãos afetadas, atingindo 90% dos casos. "A queimadura é um trauma grave, com impactos sociais e econômicos", completa o especialista.
Ainda segundo o médico o reforço na higiene deve continuar, mas em casa o melhor é higienizar as mãos lavando-as bem com água e sabão. "O álcool em gel deve ser utilizado em lugares onde não é possível lavar as mãos, quando se está fora de casa", acrescenta.