Acessório obrigatório para sair de casa, trabalhar e até dirigir, a máscara facial é uma das poucas medidas eficazes no combate à disseminação da Covid-19. Feitas de tecido ou de material descartável, elas estão inseridas na rotina de jovens e de adultos, no entanto, não são recomendadas em bebês recém-nascidos e crianças de até dois anos.
Nos primeiros anos de vida, é preciso ter cautela na utilização destes equipamentos de proteção individual. Isso porque, para bebês e crianças, o uso inapropriado de barreiras faciais oferece risco de asfixia, estrangulamento e morte por engasgo – já que um bebê não tem capacidade motora para retirar a proteção em caso de refluxo. Além disso, o uso de coberturas faciais pode comprometer a amamentação, já que as mães podem encontrar dificuldades na remoção e recolocação do protetor facial (faceshield) ou máscaras na criança.
Nos casos dos recém-nascidos, é importante ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS), em suas recomendações, não menciona ou recomenda o uso de protetores faciais. Os cuidados na proteção aos recém-nascidos, para evitar a contaminação pelo coronavírus devem ser realizados conforme as orientações abaixo:
– Evitar visitas sociais domiciliares à mãe e ao recém-nascido. Caso aconteçam, manter o distanciamento, uso de máscara e higienização dos adultos, de acordo com as recomendações.
– Não expor desnecessariamente o recém-nascido ao vírus, especialmente em lugares com aglomerações;
– Os pais e cuidadoras devem manter as precauções de contato como higienização de mãos e as recomendações do uso de máscaras em contato com a criança ao sair de casa para o seguimento na Atenção Primária;
– Deixar que poucas pessoas segurem o recém-nascido, enfatizando a lavagem das mãos com água e sabão ou álcool gel 70% antes de tocar o bebê e o uso de máscaras;
– Mães com sintomas respiratórios ou que tenham contato domiciliar com pessoas com síndrome gripal devem usar máscara durante os cuidados e durante toda a amamentação e atentar a lavagem frequente das mãos;
– Promover rotineiramente a limpeza das superfícies tocadas com recorrência, como maçanetas, interruptores de luz e equipamentos eletrônicos, como celulares;
– Manter a vacinação das pessoas em contato próximo com a criança conforme orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).