O sistema de trabalho home office adotado por grandes empresas, públicas e privadas, em função da pandemia da covid-19, apresenta tendência de permanência na maioria das companhias, mesmo após uma futura volta à normalidade. Um dos exemplos é a mineradora Vale, que antes mesmo do início da pandemia já havia decidido estabelecer um sistema de trabalho mais flexível, adotando, uma vez por semana, o trabalho em forma remota. Mas a adesão era muito baixa.

Segundo gerente executiva e líder do programa Jornada Vale, Josilda Saad, atualmente 18 mil profissionais da Vale trabalham de forma remota, o que equivale entre 24% e 25% dos funcionários da companhia. “Os cargos operacionais continuam no formato presencial, mas adotando protocolos de distanciamento seguindo diretrizes do Ministério da Saúde. As funções que não são essenciais foram colocadas em teletrabalho. Essencial, na nossa classificação, é aquela função que não pode deixar de acontecer em um site operacional”, explicou.

Assim como a Vale, muitas empresas decidiram migrar de vez para o formato a distância. Petrobras e Banco do Brasil anunciaram que vão manter parte dos empregados em home office – a meta é ter cerca de 10 mil funcionários em cada empresa nesse regime de trabalho. Mas, na contramão, existem os que são contra esse regime de trabalho. “O mais provável é que, a longo prazo, as empresas encontrem um meio-termo. O mundo não vai ser como era, mas não será como está hoje", afirma o diretor de pessoas e organização da Braskem, Rodrigo Souza Gomes.