Autoestima pode ser afetada por críticas e comentários negativos

21 de Março de 2022, 06:41

Críticas, depreciações e comentários indelicados podem causar impactos negativos na autoestima e na saúde mental de algumas pessoas. Impedir que outros desfiram opiniões ofensivas é quase impossível, mas é possível se defender delas. Para isso, os especialistas apontam para a importância de desenvolver o controle das emoções ainda quando criança e assim, na fase adulta, a pessoa terá maior resiliência para superar dificuldades.

Segundo a professora da Universidade Tiradentes (Unit), Tatiana de Carvalho Socorro, nem todas as pessoas são afetadas negativamente. “Existem pessoas que sabem lidar melhor com a desaprovação e o sarcasmo alheios porque a personalidade delas na infância foi construída a partir de necessidades emocionais básicas que foram supridas na infância por meio de vínculos saudáveis”, explica.

Ela evidencia algumas das características necessárias para o desenvolvimento de uma autoestima sólida, como a aceitação, o acolhimento afetivo e a conexão. “Necessitam, ainda, que sejam protegidas quando estiverem se sentindo vulneráveis e confortadas quando assustadas. Adultos que não tiveram essas necessidades supridas na infância acreditam que não se adequam à sociedade e que não são bons o suficiente”, afirma.

“Outras necessidades que precisam ser supridas são a liberdade de expressão e emoções válidas. Os pais ou responsáveis precisam evitar expectativas exigentes de como deveria ser o temperamento da criança e aceitar a forma como ela reage, tentando acolher suas reações emocionais. Quando essa necessidade é atendida, a criança aprende a regular suas emoções e passa a confiar na própria capacidade de lidar com emoções negativas”, assegura a doutora.

É quando essas demandas não são atendidas e a autoestima consolidada que comentários pejorativos e críticas se tornam perigosos, fazendo com que as pessoas se sintam inferiores e tenham dificuldade em administrar as emoções. “Como estratégia para superar estas dificuldades, recomenda-se que competências socioemocionais sejam desenvolvidas, tais como resiliência, regulação emocional e comunicação assertiva. Para tanto, torna-se imprescindível obter um autoconhecimento de si”, orienta.

 

 

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