A alimentação equilibrada é um hábito que deveríamos ter durante toda a vida. Sabemos que não é uma tarefa fácil, pois a cada dia temos menos tempo para sentar à mesa para um bom almoço. A mulher grávida tem uma responsabilidade ainda maior quanto à sua refeição, já que dentro do ventre estará o desenvolvimento saudável de toda uma vida que está só começando.

Para uma gestante, o ato de comer é afetado por diversos fatores, como calorias, capacidade nutricional e necessidades específicas. Isso acontece porque a alimentação durante a gravidez tem um papel extremamente importante. A dieta deve ser regrada com alimentos corretos que possuem o valor nutricional que a futura mamãe precisa. Por isso, é recomendado um acompanhamento de profissionais qualificados, como um nutricionista e obstetra, que poderão indicar a melhor dieta para a gestante.

As refeições devem ser distribuídas em seis vezes ao dia: desjejum, colação, almoço, lanche, jantar e ceia. Os intervalos em média são de três horas entre uma e outra refeição.

O nutricionista Decio Santos recomenda o consumo de alimentos com fibras, integrais, verduras e legumes, além de carnes magras, leite e derivados, ovos, feijão, castanhas ou carne vermelha, carboidratos integrais que são ricos em fibras. “Além disso, as vitaminas são imprescindíveis para o desenvolvimento dos pequenos dentro do útero. Ácido fólico (vitamina B9), presentes no fígado, espinafre e feijão preto”, explica.

Ainda segundo Decio a Vitamina D é uma das principais fontes. “Luz solar, ao menos 15 minutos todos os dias, além de leite integral e ovos são muito importantes. Também não pode faltar a vitamina C, presente nas frutas como acerola, mamão e laranja. A vitamina A, presente na gema de ovo, vegetais de coloração verde escura e alaranjados e leite integral também não podem faltar na dieta da gestante”, orienta. “Vale a pena salientar, ainda, a importância dos minerais, como o cálcio e o ferro, ambos fundamentais para a formação dos ossos e prevenção de anemias”, acrescenta.

Apesar de grande parte das pessoas acreditarem que os desejos são apenas um capricho das gestantes, existem alguns fatores que podem determinar porque eles surgem. Em geral, eles ocorrem no início da gravidez, quando a mudança hormonal é maior. “Há quem acredite que os desejos durante a gestação sejam simplesmente “frescuras” da futura mamãe. Isso não é verdade. Esses desejos podem estar associados a problemas emocionais, hormonais ou mesmo deficiências nutricionais. Diante disso, é importante saber lidar com essa situação sem deixar de lado a necessidade de manter uma dieta saudável e equilibrada, já que a falsa ideia de comer por dois desencadeia um aumento de peso, que pode trazer diabetes e hipertensão para a gestação”, esclarece.

Vale ressaltar que, em geral, os desejos acompanham os enjoos. Isso faz com que a mulher sinta nojo por alguns alimentos que antes consumia constantemente, e passe a gostar de comidas diferentes, ou até mesmo exóticas. É importante destacar ainda que, caso a futura mamãe não consiga satisfazer seu desejo, não há riscos para o bebê.

 

Confira algumas dicas do nutricionista Decio Santos para lidar com os desejos:

- Converse com seu nutricionista e mantenha uma alimentação equilibrada, baseada em frutas, verduras, legumes, raízes e carnes magras, e evite ao máximo açúcar, frituras e farinhas brancas.

- Para lidar bem com a fome e os desejos durante a gestação, lembre-se sempre de comer a cada três horas.

- Procure sempre fazer todas as refeições corretamente e com qualidade.

- Esqueça as frituras, alimentos gordurosos ou com muito sódio, como as sopas instantâneas.

- É essencial que você não ceda à tentação de comer alimentos muito calóricos, exóticos ou sem valor nutricional baseado em crendices.

- Sempre que sentir um desejo incontrolável de comer algo que pode prejudicar a sua dieta, pare por alguns segundos e respire profundamente, questione-se mentalmente se o que você está sentindo é fome ou você está tentando suprir algum outro tipo de sentimento.