Expectativa de vida global aumentará até 2050

19 de Junho de 2024, 06:00

De acordo com um novo estudo publicado na revista científica The Lancet, a expectativa de vida global aumentará em 4,9 anos para homens e 4,2 anos para mulheres entre 2022 e 2050. Foram utilizados dados do Estudo Global de Carga de Doenças (GBD), de 2021, um levantamento epidemiológico observacional abrangente liderado pelo Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde (IHME) da Universidade de Washington (EUA).

Os maiores aumentos são esperados em países onde a expectativa de vida é mais baixa, contribuindo para uma convergência no aumento da esperança de vida entre diferentes regiões. A tendência é amplamente impulsionada por medidas de saúde pública que preveniram e melhoraram as taxas de sobrevivência de doenças cardiovasculares, covid-19 e uma variedade de doenças transmissíveis, maternas, neonatais e nutricionais.

O estudo indica que a transição da prevalência de infecções que afetaram a humanidade para um cenário com mais adoecimento por doenças não transmissíveis, como problemas cardiovasculares, câncer, doença pulmonar obstrutiva crônica e diabetes, bem como a exposição a fatores de risco associados a essas mazelas, no caso da obesidade, pressão alta, dieta inadequada e tabagismo, terão o maior impacto na carga de doenças da próxima geração.

Assim, espera-se uma população maior e mais longeva, porém com pior qualidade de vida, ou seja, com mais problemas de saúde. Os pesquisadores afirmam que a expectativa de vida global está prevista para aumentar de 73,6 anos em 2022 para 78,1 anos em 2050 (um aumento de 4,5 anos). Seguindo a mesma tendência, a expectativa de vida saudável global — o número médio de anos que uma pessoa pode esperar viver com boa saúde — aumentará de 64,8 anos em 2022 para 67,4 anos em 2050 (um aumento de 2,6 anos).

Menores desigualdades de saúde entre algumas regiões

Além disso, os pesquisadores constataram que a disparidade na expectativa de vida entre as regiões diminuirá. Embora as desigualdades de saúde entre as regiões de maior e menor renda continuem, a previsão é que elas diminuam principalmente na África Subsaariana, parte do continente situada ao sul do Deserto do Saara.

Portanto, os autores afirmam que a maior oportunidade para acelerar a redução da carga global de doenças é através de intervenções políticas destinadas a prevenir e mitigar fatores de risco comportamentais e metabólicos, como alto nível de açúcar no sangue, alto índice de massa corporal e pressão arterial alta.

 

Fonte: VEJA

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