Mulheres recorrem mais ao digital para fazer negócios durante a crise

04 de Junho de 2020, 07:59

O Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou um estudo o qual mostra que em meio às dificuldades para gerenciar os seus negócios durante a crise, as sergipanas estão recorrendo mais ao ambiente digital que os homens para continuar funcionando e superar a queda de faturamento. A pesquisa revela ainda que elas também avançaram mais que os empresários do sexo masculino na implementação de estratégias de vendas online, engajamento em redes sociais e utilização de aplicativos.

Enquanto apenas 15% dos homens começaram a realizar vendas online com o uso de redes sociais (Instagram, Facebook e WhatsApp), o percentual de mulheres que passou a utilizar esses recursos chegou a 43%. Além disso, enquanto 15,8% das empresárias gerenciavam as suas contas pelo aplicativo dos bancos (pagamentos e recebimentos), apenas 6,5% dos homens adotaram a mesma prática.

Uma dessas empreendedoras que passaram a dar mais atenção ao ambiente digital é Ana Michele, proprietária da confeitaria Pequeno Pedaço. Ela investiu na divulgação e comercialização de seus produtos no Instagram, utilizando inclusive postagens patrocinadas, e passou a utilizar o serviço de delivery para entregar as encomendas. Uma outra medida foi a criação de um site para divulgação do estabelecimento comercial. “O Instagram passou a ser nossa principal ferramenta de contato com os clientes. Além de fazer negócios, temos a oportunidade de estreitar o relacionamento com o público e reforçar a marca da empresa”, disse a confeiteira.

De acordo com Mariana Araújo, analista técnica do Sebrae em Sergipe, a utilização dessas ferramentas mostra que as mulheres estão cada vez mais atentas às inovações. “Elas se preocupam mais em estar conectadas, em conhecer as novas tecnologias e, sobretudo, como utilizá-las da maneira mais eficiente para gerar negócios. É um grupo que não tem receio de buscar novos conhecimentos, pesquisar e ir em busca daquilo que julga ser essencial para garantir a sobrevivência da empresa”, avalia.

 

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