Novembro Azul: o câncer de próstata e o tabagismo

26 de Novembro de 2020, 06:43

Novembro nos leva à reflexão sobre a saúde e o bem-estar masculino. Além de ser o mês dedicado à Campanha Novembro Azul, de prevenção ao câncer de próstata, também tem data de conscientização ao não fumar. 

O tabagismo é uma doença caracterizada pela dependência da nicotina, uma das substâncias nocivas do cigarro e de outros produtos de tabaco. Entretanto, a fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 70 cancerígenas, onde no Brasil estima-se que o fumo cause 200 mil mortes por ano, segundo dados apresentados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

Segundo o oncologista, Dr. Raul Amorim Marques, de acordo com estimativas do INCA, em 2020 serão mais de 65 mil homens diagnosticados com câncer de próstata, os quais a idade é o principal fator de risco, seguido da raça e do histórico familiar. “Os programas de rastreamento têm sido avançados, possibilitando um tratamento com significativas chances de cura para a grande maioria dos pacientes com o diagnóstico do câncer de próstata em fase inicial”, afirma o oncologista.

Ainda de acordo com Dr. Raul Amorim Marques, é imprescindível a conscientização sobre a importância dos exames periódicos para os homens, assim como são realizados pelas mulheres, uma vez que nos casos de próstata, quando alguns sinais começam a aparecer, geralmente os tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Nessa fase, os sintomas são dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina ou no sêmen. 

“A maioria dos estudos ainda não encontrou ligação direta entre o tabagismo e o risco de desenvolvimento do câncer de próstata, porém diversos outros estudos demonstram maior índice de morte por esse câncer, podendo desenvolver outras doenças de potencial gravidade, a exemplo do infarto, derrame e trombose, por pacientes que continuam fumando após o diagnóstico quando comparados aos pacientes que nunca fumaram ou até mesmo pararam de fumar. Por isso, nunca é tarde para acabar com o tabagismo”, ressalta o oncologista. 

Em relação aos mitos que envolvem a doença, nem todo tratamento causa impotência ao paciente, pois cerca da metade dos homens com bom desempenho sexual antes do tratamento continuará a ter uma boa função após tratar a doença. Alguns homens podem apresentar impotência moderada a severa, mas a maioria tem apenas uma pequena perda da função sexual, a qual muitas vezes volta ao normal até 1 ano após o tratamento. 

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