Os riscos e as medidas adotadas para viajar de avião na pandemia

13 de Abril de 2021, 06:40

O transporte aéreo de passageiros foi uma das atividades mais afetadas pela pandemia da covid-19. As aeronaves oferecem transporte em um ambiente fechado onde o convívio com desconhecidos, que podem ou não estar contaminados, é inevitável.

Apesar da retomada nas decolagens em junho do ano passado, a volta ao patamar anterior ainda não figura no horizonte das companhias. O necessário distanciamento social explica a mudança de comportamento dos passageiros. Viagens de turismo e de negócios foram canceladas ou adiadas. Reuniões, congressos e eventos passaram a ser realizados por videoconferência.

Apesar de os riscos de transmissão de infecções em aeronaves não serem totalmente conhecidos, um estudo realizado em 2018 nos Estados Unidos, antes da deflagração da pandemia do novo coronavírus, ajuda a dimensionar as situações durante o voo que geram as maiores probabilidades de contaminação por doenças respiratórias transmitidas por gotículas de saliva, como é o caso da covid-19. As viagens, com duração média entre 3 e 5 horas, foram feitas em aeronaves padrão para voos domésticos, com um único corredor separando duas fileiras de três assentos.

A conclusão da pesquisa é que o risco de transmissão de doença respiratória é alta para os passageiros sentados a até 1 metro de um infectado, e é improvável para quem está mais distante. Assim, o risco maior é para quem está à frente, atrás ou ao lado de um passageiro doente. Mas os movimentos de passageiros e tripulantes podem aumentar o risco. Um indivíduo em movimento na aeronave pode se aproximar de um eventual contaminado. Um passageiro sentado na poltrona do corredor tem mais contato com indivíduos em movimento. Aglomerações de pessoas nos corredores da aeronave esperando a porta se abrir para o desembarque também são um problema, assim como filas desorganizadas de embarque.

Medidas adotadas pelas companhias aéreas

Uma das normas de obrigatoriedade é o uso de máscaras para tripulantes e passageiros. Antes dos voos, os passageiros passam por uma verificação de sinais de febre. Já os tripulantes foram treinados para identificar e isolar passageiros que apresentem sintomas da doença durante o trajeto. Os comandantes têm o poder de interromper o voo, caso necessário.

Outra medida adotada pelas companhias aéreas para evitar a aproximação das pessoas foi mudar o procedimento no embarque e desembarque das aeronaves. Para isso, as companhias estão estimulando o check-in e o despacho de bagagens on-line e realizando a conferência de documentos por aplicativos ou a distância, sem contato físico.

O ordenamento do embarque e desembarque por fileira de assentos, evitando aglomerações também passou a ser adotado pelas empresas aéreas. O sistema analisa as reservas confirmadas para o voo para organizar o embarque.

Outras medidas adotadas foram à suspensão da alimentação durante voos domésticos e de curta duração, além de rigorosa limpeza das aeronaves a cada escala.

 

Medium 6be636dbbbfb43493c7a7e95bd0eaca6